sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Porto Seguro

Como muito bem disse o Sérgio num post anterior, que falta nos faz o Zincos! O Zincos foi, numa determinada altura da minha vida - ainda sem compromissos familiares, apenas comprometido comigo próprio e com os meus amigos - um Porto Seguro. Eu explico: quando tudo o resto falhava, podíamos sempre contar com o Zincos. Abriam bares, fechavam bares, inauguravam-se novos bares, bares da moda, bares antigos, etc. Mas naquelas noites em que tudo parecia "chunga", "fraquinho", em que um gajo ficava farto de tudo e de nada, havia sempre o Zincos.
Há muito tempo que lá não entro - penso que nesta última fase (leia-se última gerência) nunca lá cheguei a entrar. Por isso, as minhas memórias são já de há algum tempo. Lembro-me sempre das noites de Inverno, frias, com aquela névoa que resulta do frio e da humidade, de chegar ao "edifício do Prolar", descer aquelas escadas - que na primeira vez foram intimidantes - encontrar aquela porta de aspecto maciço, aguardar naquela espectativa de ir para o bas fond da noite, e depois entrar num sítio em que a música, a decoração, o ambiente de cave, a música, eram irrepetíveis. É assim que me lembro dele... Com saudade.
Por outro lado, também no campo dos afectos tenho grandes memórias do Zincos e ficarão inevitavelmente na minha memória algumas noites que por lá passei: frenéticas, de boa disposição, de chegar ao fim da noite com a sensação que chegámos sós e saímos dali com um batalhão de amigos. Mas essas histórias ficarão, quiçá, para um post futuro.
Se o Zincos fechou, a culpa é sem dúvida dos que tentaram silenciar o Torpedo. Porto-riquenhos de merda!!!...

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